Entre os casos de violação citados no relatório da Anistia Internacional está a atuação de milícias armadas ligadas a proprietários de terra no estado do Paraná.
Segundo o documento, em pelo menos duas ocasiões grupos armados invadiram acampamentos no interior do estado, ameaçando famílias de sem-terra e destruindo casas e lavouras.
No Rio Grande do Sul, a organização cita o caso de um dossiê montado por promotores e policiais com acusações contra os sem-terra, com o suposto objetivo de criminalizá-los. "Há o reforço de uma política de criminalização dos grupos sociais que lutam pelo direito dos sem-terra", afirma o pesquisador da Anistia Internacional Tim Cahill, responsável pelo relatório sobre o Brasil.
No Pará, o documento destaca o aumento no número de ameaças e homicídios contra ativistas rurais e a absolvição de Vitalmiro Bastos de Moura, acusado de mandante do assassinato da missionária americana Dorothy Stang, em 2005.
Sobre a violência contra os indígenas, a Anistia Internacional chama a atenção para casos de assassinato, intimidação, discriminação e expulsão de suas terras. Segundo o relatório, atrasos em decisões judiciais contribuíram para a persistência da violência contra os indígenas.
"Tanto os indígenas quanto os sem-terra estão sendo ameaçados pela expansão e pelos investimentos na agroindústria, que não está garantindo os direitos dessas populações" diz o relatório.
Como exemplo, "mais forte disso", a Anistia Internacional cita é a situação em Mato Grosso do Sul, "onde a agroindústria e o governo do estado estão pressionando fortemente contra a identificação das terras dos Guaranis Kaiowás".
Agência Brasil
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