terça-feira, 22 de maio de 2012

Militantes de Jaraguá do Sul debatem a "Esquerda Marxista"


            O camarada Serge Goulart, jornalista, membro do Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores e dirigente da Esquerda Marxista do PT, no Brasil, apresentou a estrutura da Corrente Marxista Internacional (CMI) aos militantes petistas de Jaraguá do Sul, dia 18 de maio, no Sintiquip. "A Esquerda Marxista é uma organização internacional porque a opressão contra os trabalhadores é a mesma no mundo inteiro", lembrou Serge Goulart, que relatou a origem da CMI, a partir do lançamento do Manifesto do Partido Comunista, em 1848, por Karl Marx e Friedrich Engels e, principalmente, da construção da I e II Internacional (respectivamente em 1864 e 1889), da Internacional Comunista (instalada em 1919, após a com a Revolução Russa, em 1917) e da 4ª Internacional Socialista, fundada por Leon Trotsky e destruída por seus próprios dirigentes após a segunda Guerra Mundial, depois de terem sofrido uma perseguição sem precedentes organizada por nazistas e estalinistas.

            Sediada em Londres, na Inglaterra, a CMI possui atualmente seções em 60 países e contatos em outros 40 países. Serge citou alguns exemplos, como a seção no Paquistão, onde atuam 2.600 militantes; na França, onde no último Congresso alcançou 14% do Partido Comunista; Itália, onde chegou a eleger 15% do Congresso Nacional, em 2011; e nos Estados Unidos onde os marxistas lutam por um partido dos trabalhadores: "Se os patrões têm dois partidos, nos Estados Unidos, os trabalhadores têm que ter o seu", destacou Serge Goulart, que também falou sobre o crescimento da CMI na América Latina: "O lançamento da revista América Socialista é um exemplo dessa evolução", disse, sugerindo a leitura do livro "Eu vi um o mundo novo nascer", de Jack London, sobre as tremendas lutas operárias nos Estados. A Revista está em sua segunda edição.
            Serge Goulart explicou ainda que o Congresso da CMI acontece a cada dois anos, reunindo atualmente cerca de 300 delegados, para escolha do Comitê Executivo Internacional e avaliação das lutas no mundo e elaboração das perspectivas internacionais da luta de classes. No Brasil, lembrou Serge, a Esquerda Marxista reproduz a mesma estrutura de congressos e encontros da CMI, com aprovação ainda das Resoluções (as áreas de Juventude, Formação, Comunicação, entre outras). A sede da Esquerda Marxista é em São Paulo e a organização é formada por Comitês Regionais e Células Municipais - possui setores, como o Sindical e da Juventude, entre outros. "Temos um combate no interior do PT, cujo centro de atuação é ganhar os trabalhadores e romper a política de alianças com a burguesia", disse Serge. Como característica dessa atuação, ele lembra: "A Esquerda Marxista não aceita cargos no governo federal, estadual, nem municipal, porque não compactua com um governo que paga a dívida externa, dá bilhões de dólares aos banqueiros, não implanta a Reforma Agrária nem rompe com o sistema financeiro, em resumo, um governo que defende o capitalismo". Nossa luta é pelo socialismo".


Informa - Edidora Jornalística