O camarada Serge
Goulart, jornalista, membro do Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores e
dirigente da Esquerda Marxista do PT, no Brasil, apresentou a estrutura da
Corrente Marxista Internacional (CMI) aos militantes petistas de Jaraguá do Sul,
dia 18 de maio, no Sintiquip. "A Esquerda Marxista é uma organização
internacional porque a opressão contra os trabalhadores é a mesma no mundo
inteiro", lembrou Serge Goulart, que relatou a origem da CMI, a partir do
lançamento do Manifesto do Partido Comunista, em 1848, por Karl Marx e Friedrich
Engels e, principalmente, da construção da I e II Internacional (respectivamente
em 1864 e 1889), da Internacional Comunista (instalada em 1919, após a com a
Revolução Russa, em 1917) e da 4ª Internacional Socialista, fundada por Leon
Trotsky e destruída por seus próprios dirigentes após a segunda Guerra Mundial,
depois de terem sofrido uma perseguição sem precedentes organizada por nazistas
e estalinistas.
Sediada em Londres,
na Inglaterra, a CMI possui atualmente seções em 60 países e contatos em outros
40 países. Serge citou alguns exemplos, como a seção no Paquistão, onde atuam
2.600 militantes; na França, onde no último Congresso alcançou 14% do Partido
Comunista; Itália, onde chegou a eleger 15% do Congresso Nacional, em 2011; e
nos Estados Unidos onde os marxistas lutam por um partido dos trabalhadores: "Se
os patrões têm dois partidos, nos Estados Unidos, os trabalhadores têm que ter o
seu", destacou Serge Goulart, que também falou sobre o crescimento da CMI na
América Latina: "O lançamento da revista América Socialista é um exemplo dessa
evolução", disse, sugerindo a leitura do livro "Eu vi um o mundo novo nascer",
de Jack London, sobre as tremendas lutas operárias nos Estados. A Revista está
em sua segunda edição.
Serge Goulart
explicou ainda que o Congresso da CMI acontece a cada dois anos, reunindo
atualmente cerca de 300 delegados, para escolha do Comitê Executivo
Internacional e avaliação das lutas no mundo e elaboração das perspectivas
internacionais da luta de classes. No Brasil, lembrou Serge, a Esquerda Marxista
reproduz a mesma estrutura de congressos e encontros da CMI, com aprovação ainda
das Resoluções (as áreas de Juventude, Formação, Comunicação, entre outras). A
sede da Esquerda Marxista é em São Paulo e a organização é formada por Comitês
Regionais e Células Municipais - possui setores, como o Sindical e da Juventude,
entre outros. "Temos um combate no interior do PT, cujo centro de atuação é
ganhar os trabalhadores e romper a política de alianças com a burguesia", disse
Serge. Como característica dessa atuação, ele lembra: "A Esquerda Marxista não
aceita cargos no governo federal, estadual, nem municipal, porque não compactua
com um governo que paga a dívida externa, dá bilhões de dólares aos banqueiros,
não implanta a Reforma Agrária nem rompe com o sistema financeiro, em resumo, um
governo que defende o capitalismo". Nossa luta é pelo socialismo".
Informa - Edidora Jornalística
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