quinta-feira, 5 de abril de 2012

Patrões agridem dirigente sindical


Zeli da Silva foi covardemente espancada, na frente dos trabalhadores,
com um pedaço de pau e levou 12 pontos no rosto


A revolta é generalizada entre os dirigentes sindicais dos trabalhadores de Santa Catarina, diante da violência sofrida pela presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Fiação, Tecelagem e do Vestuário de Rio do Sul e Alto Vale do Itajaí (Sititev), Zeli da Silva, na tarde do dia 4 de abril, em Agrolândia. Zeli foi covardemente agredida na cabeça, com um pedaço de pau, em golpes desferidos pela patroa da empresa RG Confecções, em Agrolândia, Gislaine Batista Marinho Markewicz, e seu marido, Roberto Markewicz. Tudo aconteceu na frente dos trabalhadores. A presidente do Sititev, que realizava uma  manifestação na frente da empresa, sofreu várias escoriações pelo corpo, foi submetida a exames no Hospital Regional, em Rio do Sul, e levou 12 pontos na testa, resultantes do espancamento. Ainda na noite do mesmo dia, Zeli da Silva realizou exame de corpo delito e registrou Boletim de Ocorrência na Delegacia de Polícia, em Agrolândia.
No ano passado, o Sindicato ingressou com Ação Trabalhista contra a empresa RG Confecções, devido aos atrasos nos depósitos do FGTS dos trabalhadores e ao parcelamento do pagamento dos débitos, imposto pelo patrão Roberto, até 2026. Além disso, o Sititev denunciou a direção da empresa junto à Justiça do Trabalho por assédio moral e pelo número excessivo de horas extras exigidas de seus trabalhadores. "O pessoal tinha que trabalhar até as duas horas da madrugada e nem mesmo férias o patrão concedia", explica a presidente do Sindicato. Atualmente, a empresa está proibida judicialmente de exigir a realização de horas extras. "Somos dirigentes sindicais e exigimos respeito, nunca vi nada parecido com isso em toda a minha vida sindical", afirma Zeli da Silva, profundamente chocada com a violência que sofreu. "Felizmente tenho recebido a solidariedade de amigos e companheiros, em todo o estado, mas não consigo esquecer tamanha humilhação", conta.

Informa - Editora Jornalística.

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