Jaraguá do Sul/SC - Pedreiros, carpinteiros e serventes que trabalham
nas obras de construção do Condomínio Residencial Bertoldo Enke, na rua 1.305,
Bairro Três Rios do Sul, paralisaram as atividades no dia 12 de junho, devido à
falta de pagamento dos salários, que estão atrasados desde abril. Mais da metade
dos 48 trabalhadores estavam paralisados na tarde de hoje (13). As obras fazem
parte do Programa Minha Casa Minha Vida, do governo federal, e estão sendo
executadas pelas empresas Kazzatek, de Xaxim, e a empreiteira terceirizada,
Proalto Empreendimentos Imobiliários, de Itapema. A presidente do Siticom,
Helenice Vieira dos Santos, e o vice-presidente Ricardo Adriano Gonçalves,
estiveram no local para conversar com os trabalhadores, no período da manhã,
contataram os proprietários das duas empresas, por telefone, e marcaram reunião
às 15 horas. No entanto, o proprietário da Proalto, Hilton Hoffmann, exigiu a
identificação e negou-se a conversar com a presidente do Sindicato.
Os atrasos no pagamento dos
salários são os mais diversos. Alguns trabalhadores nada receberam desde o dia
24 de abril, quando foram contratados, enquanto outros receberam em vales com
valores entre R$ 50,00 e R$ 400,00. O pessoal reclama também dos descontos no
chamado "pagamento por fora", que
ultrapassam 1/3 do valor total a ser recebido. É o caso do pedreiro Diego Velho
Rubio, contratado como servente, que teve descontados 36% (R$ 576,00) do salário
e recebeu apenas parte dos salários de maio e junho.
A maioria dos trabalhadores
assinou na Carteira Contrato de Experiência de 30 dias. A auxiliar de serviços
gerais, Márcia Carina Fenski foi demitida informalmente no dia 22 de maio, mas
recebeu somente R$ 450,00 em verbas rescisórias e ainda não teve a baixa na
CTPS. "Não acho errado cobrarem produção, mas o pagamento de salário é sagrado",
reclama o pedreiro Rivanildo dos Santos, registrado com R$ 1.600,00 mensais, mas
que recebeu somente R$ 60,00, em vale, referente a abril. A representante da
empresa Kazzatek disse à presidente do Siticom, por telefone, que o dinheiro
para o pagamento de salário já foi repassado à Proalto - "posso até enviar o
comprovante", garantiu.
"Coisas da
vida"
O proprietário da Proalto
Empreendimentos Imobiliários, Hilton Hoffmann, disse à presidente do Siticom que
o atraso no pagamento dos salários "são coisas da vida". No período da tarde,
ele simplesmente não aceitou receber o protocolo do ofício e exigiu que os
representantes do Sindicato se retirassem do refeitório, onde reuniu os
trabalhadores em greve. Na breve conversa, ameaçou: "Até hoje eu era amigo de
vocês, de agora em diante vou exigir produção, quem quiser continuar comigo
volte para o serviço agora". Hilton argumentou que desde janeiro o que arrecada
não é suficiente para pagar a folha de pagamentos, no valor de R$ 128 mil
mensais. "Falta R$ 18 mil todo mês", comentou, dizendo que teve de "vender uma
casa para pagar os salários". Ainda na tarde de hoje, a presidente do Siticom ,
Helenice Vieira dos Santos, encaminhou denúncia ao superintendente regional do
Trabalho e Emprego, em Florianópolis, Rodrigo Minotto, solicitando inclusive a
vistoria no local das obras do residencial Bertoldo Enke , cujo valor do
investimento é de R$ 7,6 milhões e deve beneficiar 80 famílias.
INFORMA - Editora Jornalística
Acho importante averiguar as informações antes de publicadas, pois pode haver inverdades.
ResponderExcluirConheço trabalhadores de lá que garantem não haver atraso desde abril, mas sim alguns contratempos, inclusive, todos os pagamentos estão em dia.
A informação do atraso desde abril foi verificada??
ao comentário acima acrescento que nenhum profissional pode apresentar-se dizendo ser alguma coisa, sem um comprovante de identificação, crachá, carteira profissional, etc.
Excluirao que me parece a tal presidente poderia apresentar somente o RG, o que não comprovaria a veracidade do cargo que ocupa. Segue a dica, usem identificação...
Não é por nada não, eu trabalho lá desde o inicio do ano e ao que me consta realmente a Kazzatek vinha repassando o dinheiro para nosso pagamento, mas o empreiteiro não nos pagava direito. é o cumulo ouvi alguns comentarios que ele tava desviando o dinheiro daqui pra um outro negocio dele.
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