quinta-feira, 15 de abril de 2010

Aumento da passagem (em Joinville)

CRÔNICA
CYNTHIA MARIA PINTO DA LUZ | Advogada do Centro de Direitos Humanos de Joinville

Estamos novamente às voltas com a possibilidade de reajuste da passagem de ônibus, desta vez, segundo as informações colhidas pela imprensa, de R$ 2,30 para R$ 2,65. Na prática, representaria um reajuste brutal, num repasse absurdamente maior do que a inflação do período.

Entidades e movimentos sociais estão se reunindo com o objetivo de sensibilizar a opinião pública e mobilizar usuários contrários ao aumento.

Na última segunda-feira, diversas entidades e movimentos sociais assinaram manifesto repudiando qualquer reajuste, dentre elas estão Aprasc, as associações de moradores do Adhemar Garcia, do Paranaguamirim, do Santa Bárbara, o Centro dos Direitos Humanos de Joinville, o Condesag, DCE da Univille, Esquerda Marxista e Esquerda Socialista do PT, Famjo, os grêmios estudantis das escolas Presidente Médici, Juracy, Tufi Dippe, João Rocha, Paulo Medeiros, o Núcleo da Luta Antimanicomial Nise da Silveira, Juventude e Revolução, o Movimento Passe Livre, vereador Adilson Mariano, deputado estadual sargento Soares, o Sindicato da Saúde, a direção eleita do Sinsej e a União Joinvilense dos Estudantes Secundaristas.

O Comitê de Luta formado representa os interesses de milhares de pessoas trabalhadoras e da juventude dessa cidade e cumpre o papel de chamar a responsabilidade do poder público para que atenda às reivindicações da população usuária de um serviço público essencial, como é o caso do transporte coletivo.

Os serviços prestados pelas empre- sas concessionárias também são alvo de críticas. Os ônibus vivem lotados, horários e linhas são reduzidos, passageiros ficam no ponto em virtude da super-lotação e há redução de benefícios.

A Prefeitura ainda não se posicionou oficialmente sobre o assunto, mas espera-se que sinalize com um planejamento estratégico que enfrente de uma vez por todas essa situação em Joinville, demonstrando que tem proposta para transformar o caos que está instalado há tanto tempo.

É preciso fazer o debate sobre um novo modelo de gestão da concessão pública. Está sendo solicitada audiência com o prefeito para que o comitê possa apresentar suas reivindicações. Acreditamos que seja possível reverter este quadro, construir um novo modelo efetivamente voltado para a necessidade da população e da cidade.

cynthiapintodaluz@terra.com.br

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