A Ceralit fica em Campinas (SP) e produz ceras e óleos usados como matéria-prima em vários ramos industriais. Há cerca de 200 trabalhadores atualmente e já há alguns anos o patrão não paga corretamente os salários e direitos. O maquinário é antigo e o risco de acidentes é permanente. Porém, há também um setor novo na fábrica para a produção de biodiesel, que está subutilizado.Os trabalhadores da Flaskô sempre apoiaram os companheiros da Ceralit e alguns já visitaram a fábrica ocupada para ver como se aplica a gestão operária. Em maio de 2007, diante da incompetência patronal, os próprios trabalhadores conseguiram fechar acordos de fornecimento de matéria-prima e venda de produtos, mas, conforme explica o Sindicato dos Químicos:No dia 22 de dezembro último venceu o contrato com o fornecedor principal. Sem a matéria prima a produção parou, ficou impossível garantir os salários e houve o corte dos serviços prestados pelas concessionárias de água, luz e telefone. Este fornecedor garantia a entrega da matéria prima, pois estava interessado em comprar a Ceralit.No entanto, no dia 22, ele comunicou aos trabalhadores que a dívida de R$ 160 milhões supera o patrimônio da empresa, o que o levou a se desinteressar pela compra.Trabalhadores querem fazer a Ceralit funcionar com a ocupação da fábrica, além de impedir uma tentativa patronal de retirar as máquinas e equipamentos, os trabalhadores pretendem fazer com que ela volte a produzir. Para isso, nos próximos dias manterão contatos com fornecedores de matéria prima e com empresas que consomem o que a Ceralit produz.Toda força aos companheiros na defesa dos empregos, direitos e do parque fabril! Pela retomada da produção sob controle operário!
Para ver a matéria no site do Sind Quim, acesse:
Trabalhadores ocupam fábrica em Campinas
Fonte: Email recebido do companheiro Rafael Prata, jornalista da Região de Sumaré/Campinas-SP
Como se vê a ocupação de fábricas por trabalhadores não se acabou depois da invasão da Cipla pela Polícia Federal do governo lula, como pensavam muitos. Ocupar é hoje uma ferramento de luta que os trabalhadores aprenderam a usar depois da experiência em Joinville.
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