Piso de 2,5 salários mínimos e redução da jornada de trabalho também integram a pauta de reivindicações.
Assembléia realizada dia 8, de manhã, na sede do STIVestuário.
Jaraguá do Sul – Reajuste salarial de 10% e piso salarial de 2,5 salários mínimos, implantação de programas de Participação dos Resultados em todas as empresas da categoria e redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução de salário. Estes foram os principais pontos da pauta de reivindicações dos trabalhadores vestuaristas aprovada durante a assembléia geral na manhã de sábado (8), na sede e que teve a participação de aproximadamente 800 trabalhadores. O presidente da Fetiesc, Idemar Antônio Martini, esteve presente. As mulheres trabalhadoras foram as grandes homenageadas pela passagem do Dia Internacional da Mulher, com destaque à encenação especial do grupo de teatro "Gatz". A assembléia aprovou ainda a contribuição negocial profissional de 4% a serem descontados em duas vezes iguais, em maio e novembro.
O presidente do STIVestuário, Gildo Antônio Alves, conclamou os trabalhadores a lutarem pelo reajuste salarial de 10%, "já que o salário mínimo aumentou 9,21% em março e os aumentos nos preços dos produtos são repassados com base no valor do mínimo". Muitas empresas já estão antecipando esse reajuste, lembrou Gildo. A data-base da categoria é em 1º de maio. Entre as 91 cláusulas da pauta de reivindicações constam ainda "pagamento de adicional noturno de 40%; horas extras de 100% e 150%, em casos de domingos, feriados e descanso semanal remunerado; benefício especial de 10 salários mínimos aos trabalhadores, em caso de falecimento do(a) esposo(a) ou filho com idade inferior a 15 anos; além de medidas de combate ao assédio moral e sexual no trabalho e do fornecimento gratuito de medicamentos por parte das empresas". A Campanha Salarial tem como lema "Quem produz merece muito mais".
Redução da jornada sem redução de salário
Todo trabalhador que esteve presente colocou seu nome no abaixo-assinado pela redução da jornada de trabalho para 40 horas, sem redução de salário. A campanha é nacional, reunindo todas as centrais sindicais, o objetivo é chegar ao 1º de maio com mais de um milhão de assinaturas coletadas no país. "Precisamos mobilizar os políticos e pressionar os patrões para que todos trabalhemos menos", convocou o presidente do Sindicato, Gildo Alves. "A luta pela redução da jornada vem de muito tempo, mas nunca se deu tanta importância como hoje", reforçou a vice-presidente Rosane Sasse, que fez breve relato da luta das mulheres trabalhadoras por igualdade de oportunidades e de salário em relação aos homens e também abordou a violência doméstica sofrida pelas mulheres. "Que homem nenhum encoste um dedo na gente", reagiu Rosane.
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